domingo, 31 de agosto de 2008

Grande revelação

Da série "Panacéia"
.

Então tá!
.

sábado, 23 de agosto de 2008

Licença Olímpica

Andam dizendo por aí, que nos Jogos Olímpicos de Pequim, as mulheres tiveram supremacia nas competições - pelo menos no que tange ao Brasil. Houve brasileira medalhando no judô, medalhando na vela, medalhando no taekwondo, medalhando bem no futebol e melhor ainda no atletismo e no vôlei.

E hoje os resultados confirmaram a boataria: o vôlei feminino levou medalha de ouro e no taekwondo, uma mocinha levou o bronze (medalha histórica). Um dia feminino.

O power girl exacerbado deste sábado até me lembrou um grande achado da internet nesses últimos dias: num game online engraçadíssimo - o Escape From Rehab - a nossa sempre querida, embora louca, Amy Winehouse tenta fugir da reabilitação e, de quebra, libertar o amado Blake Fielder-Civil da prisão. No caminho, iminigos estranhos tentam atrapalhá-la, mas a diva conta com o auxílio luxuoso de seringas envenenadas, cachimbos de crack e garrafas de uísque para se defender. Hilário.
.

O game faz parte da estratégia de divulgação do filme Disaster Movie, que tem estréia mundial marcada para o próximo dia 29. (É mais um daqueles besteróis americanos que parodiam os filmes e as personalidades mais badaladas da temporada, incluindo a pobre Amy Winehouse).

P.S. Winehouse não é nenhuma atleta, mas seria uma conquista olímpica se ela conseguisse tirar o marido da prisão!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A Magia do Vermelho

Na fábula encantada Os Sapatinhos Vermelhos, de Hans Christian Andersen, a mocinha orfã perde as estribeiras quando calça uns sapatos vermelhos finíssimos que ganhou de sua benfeitora. Quando Caio Fernando Abreu escreveu Os Sapatinhos Vermelhos (como parte do livro Os dragões não conhecem o paraíso), em meio aos loucos anos 80, ele trouxe de volta a velha história do objeto fascinante que exerce um efeito devastador sobre quem o usa. Dessa vez, sem as pieguices românticas do século XIX, mas sim recheado da loucura desenfreada da chamada "década perdida": um coração partido, um par de lindos e sedutores sapatos vermelhos e uma noite ainda criança.

Os sapatinhos vermelhos também estão presentes no clássico O Mágico de Oz, em que a Bruxa Má do Oeste se rói de inveja da menina Dorothy quando a Fada do Norte lhe confia os mágicos sapatos de rubi. E eles seguem com ela pela estrada de tijolos amarelos, num magnífico technicolor que torna ainda mais mágico o vermelho esfuziante dos calçados. Os sapatinhos rubros que Dorothy calçava a fizeram perceber o óbvio, ao fim de sua jornada - não antes de bater os calcanhares: que "não há lugar como nosso lar".

Andersen, Caio Fernando Abreu e Dorothy também nos falam que não há nada mais encantador - e sedutor - que sapatos vermelhos. Podem ser de pano, como na história do dinamarquês. Ou escandalosamente vermelhos, como no conto do gaúcho ("mais que vermelhos: rubros, escarlates, sanguíneos - com saltos finos altíssimos, uma pulseira estreita na altura do tornozelo"). De rubi, como os da menina perdida em Oz. Mas todos mágicos em sua cor.

Às vésperas de completar 70 anos do lançamento de O Mágico de Oz, o rubro fascínio dos sapatos de Dorothy chegou também à moda. Mais de uma dúzia de grandes estilistas - dentre eles Manolo Blahnik, Moschino e Oscar de la Renta - já produziram croquis em que se tenta chegar aos sapatinhos vermelhos ideais para a mulher contemporânea. Tudo baseado na fantástica história de Oz, seu mágico, a menina carregada pelo tornado, a fada boa e a bruxa má: tem que ter a magia, tem que ter o brilho, tem que ter o encanto dos mágicos sapatos vermelhos. Algumas tentativas já foram apresentadas:






São lindos, mas há que se ter cuidado extremo no manuseio. Vide o que aconteceu com a orfã de Andersen e com a "quase quarentona" desiludida de Caio Fernando Abreu. Dorothy e sua mágica batida de calcanhares são apenas uma exceção.

P.S. Uma das coisas mais fascinantes do filme de 1939 é a passagem da vida chata - e em preto e branco - que Dorothy leva na fazenda do Kansas para o fantástico mundo colorido de Oz. Só podia ser um lugar "além do arco-íris", como diz a bela música, premiada com o Oscar de melhor canção original no ano de lançamento da obra. Dá para vê-la (e ouvi-la) aqui.
.