domingo, 21 de junho de 2009

Solta o som: trilha sonora dos meus dias

Da série Blogagem Coletiva

Pra mim, ouvir música é sagrado. É óbvio. É rotina. É pão-de-cada-dia.

Acordo e ligo som e vou dando andamento nas tarefas do cedo da manhã: tomar banho, vestir-se, arrumar-se, tomar café, escovar os dentes, pegar a chave do carro, ligar o som, dirigir ouvindo música, chegar ao trabalho, enfiar o pen-drive no PC, trabalhar ouvindo música. Não consigo fazer nada se não for dessa maneira e assim, vai passando o dia.


O prazer de ouvir música determinou a escolha de minha profissão. Quando entrei na faculdade de Comunicação da UFMA, fui estagiar na Rádio Universidade FM, simplesmente a melhor rádio de São Luís e adivinha que função exerci?! Programadora musical! Escutava álbuns e álbuns, títulos e títulos, sempre na busca pela combinação perfeita de músicas. E tinha o maior prazer da vida em escutar o resultado de tantas buscas pelo rádio, sintonizado na 106,9 MhZ.

O primeiro homem que amei me amarrou pela música que ouvia [também pelos livros que lia e escrevia, mas isso não vem ao caso]. Depois o amor passou, as exigências para o amor também, mas a música ficou, cada vez mais forte e, por vezes, dilacerante. Mas não vejo nenhum problema em pautar a minha vida pela música. Assim sou mais feliz.

Segue abaixo uma pequena lista de músicas que estão no meu pen drive - é nele que está a maioria das músicas que ouço no carro e no trabalho. A ordem listada não denota importância alguma.

So far away - Dire Straits
No Surprises - Radiohead
The man who sold the world - com Nirvana
Blowing in the wind - Bob Dylan
Kozmic Blues - Janis Joplin
Stairway to heaven - Led Zeppelin
Money - Pink Floyd
The man I love - Billie Holyday
Stormy Weather - Etta James
My Baby just cares for me - Nina Simone
Is this love - Bob Marley (é o toque do meu celular!)
Yesterday - The Beatles
It Ain't Over 'Til It's Over - Lenny Kravitz
Baby - Os Mutantes
Karma Police - Radiohead
Maybe - Janis Joplin
Ain't Got No...I've Got Life - Nina Simone
At last - Etta James
Somewhere over the rainbown - Judy Garland
In between days - The Cure
I'm so sorry - Morrisey
Give Me Love - com Marisa Monte
Tudo do Chico Buarque, em especial Futuros Amantes, que lembra muito um poema do Drummond que amo!




Tudo da Adriana Calcanhoto, em especial Inverno, que lembra um poema* do Manuel Bandeira que me diz muita coisa em poucas palavras.
Tudo do Ney Matogrosso
Ceumar
Elis Regina
Nouvelle Cuisine
Los Hermanos
Zeca Baleiro
Paula Toller (solo)
[é muita coisa, não dá pra continuar].

*Todas as manhãs o aeroporto em frente me dá lições de partir:
Hei de aprender com ele

A partir de uma vez

- Sem medo,

Sem remorso,

Sem saudade.


[Trecho de Lua Nova ]
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Este post faz parte da Blogagem Coletiva - Solta o som, a trilha sonora da minha vida, proposta pela Vanessa, do Fio de Ariadne, ao qual 33 blogueiros aderiram e estão escrevendo sobre o som que faz suas cabeças. Para ler esse pessoal todo, clique aqui.

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terça-feira, 16 de junho de 2009

Hoje é Bloomsday! *

Confesso: nunca concluí a leitura de Ulisses, o colosso de James Joyce, mas estou sempre folheando o livro, lendo um trecho aqui, outro trecho ali, numa leitura dinâmica de metodologia loucamente pessoal. Mas enfim...


Em poucas palavras, ele narra os acontecimentos de um dia na vida de Leopold Bloom, um irlandês tão comum que chega a ser fora do comum: gosta de passear pelas ruas de Dublin, sem fazer coisa alguma, apenas pensando um monte de besteiras em situações vexatórias (aqui o fluxo de consciência revolucionou a literatura); não sabe beber muito bem, porque se sente estranho quando embriagado, o que acaba excluindo-o do convívio de seus patrícios, já que todo irlandês é um bom beberrão (todos o apontam como um homem muito esquisito); tem uma esposa, Molly Bloom, de quem leva severos chifres; tem uma filha adolescente, Milly, que guarda um sério talento para fotografia, e de quem Bloom sente exagerados ciúmes - assim como sente pela esposa adúltera; e os poucos "amigos" que considera, falam mal dele pelas costas. Até aí, tá tudo muito bom, tá tudo muito bem... Uma história como outra qualquer em meio à tantas contadas pela Aventura Humana na Terra. Mas o enredo simples ganha ares incomuns quando Bloom conhece o angustiado Stephen Dedalus - que muitos têm a séria impressão de que se trata do alter-ego de Joyce - um jovem médico cheio de problemas que acaba ouvindo de Bloom o conselho de que a solução para tais problemas é partir - assim como Joyce só conseguiu escrever Ulisses após bons anos de exílio em Trieste-Zurique-Paris, bem longe de sua Dublin natal. Sacou o trocadilho de situações?


Todas as histórias e acontecimentos de um intervalo de 24 horas da vida de Bloom, o dia 16 de junho de 1904, são esmiuçados, com riqueza de detalhes (até um tanto escatológicos), nas cerca de mil páginas do colosso de Joyce, Ulisses. E por muito tempo, o dia 16 de junho tem sido lembrado como o Dia de Bloom ou, simplesmente, Bloomsday.

Virou data nacional na Irlanda! Mundo a fora, os amantes da literatura cultivam a tradição. Há festas grandes de Bloomsday inclusive no Brasil - uma muito famosa em São Paulo, outra tradicional em Porto Alegre e outras menos conhecidas, mas não menos importantes, como o Bloomsday de Brasília. Aqui na city, um grupo de amigos não chega a comemorar, mas sempre lembra a data e a inspiração que Joyce-e-Bloom-e-Dedalus-e-Molly nos dão. É a esses amigos que dedico essa postagem: a eles dedico o dia 16 de junho. E dedico a lembrança viva de que, apesar de distantes, continuamos amigos.

*republicação anual
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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Perdida num mar de livros!

Da série Tertúlia Virtual


A primeira vez que pisei numa biblioteca, contava lá pelas minhas sete primaveras. Levada pela minha querida Tia Luísa, que gostava de fazer passeios culturais - foi ela também quem me levou pela primeira vez no Museu Histórico e Artístico do Maranhão e no Museu de Arte Sacra de São Luís.

Mas a visita na biblioteca me transformou. Logo quis virar sócia, logo quis pegar livros emprestados, logo virei rato da biblioteca. Foi lá que tive meu primeiro caso de amor com um livro, Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Trezentas e quarenta e oito páginas de uma edição antiga e sem figuras - um petardo!


Depois disso não parei mais. Tinha que passar na biblioteca duas vezes por semana, para trocar os empréstimos, cada vez querendo ler mais. Quando passei a estudar numa escola que era quase ao lado da biblioteca do SESC-Deodoro, nossa! Me enfiava entre as estantes, entre os corredores estreitos e me sentia, literalmente, em casa: sentava no chão, espalhava os livros, me perdia entre tantas palavras, entre tanto mundos que cada livro representa, lia os mais fininhos e pegava emprestado os maiores. Fazia isso todo dia! Quando deixava de aparecer por lá, com minha amiga Gardênia, as bibliotecárias já estranhavam.

E hoje em dia, quando entro em qualquer biblioteca, sinto o mesmo comichão que senti aos sete anos de idade. Vontade de ler todos os livros! Um amigo que guarda uma biblioteca em casa sempre sabe onde me enfiei quando minha voz subitamente some: entre tantos livros, fico sem palavras, tentando catar a magia e a poesia que só os livros guardam em si.

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*Esta postagem faz parte da Tertúlia Virtual , criada por Jorge Pinheiro (Expresso da Linha) e Eduardo P.L. (Varal de Idéias), acontecendo todo dia 15 de cada mês. Todos os participante da Tertúlia você lê aqui, na CENTRAL DE RELACIONAMENTO.
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domingo, 14 de junho de 2009

Blogagem Coletiva: Solta o Som!

É difícil falar de música, principalmente quando penso que todo mundo a reconhece - e a ama - intuitivamente: não conseguimos dar conceitos a tudo que conhecemos; há coisas que só precisam ser sentidas. A música me parece assim, algo que nos relaxa, nos agrada, nos harmoniza e nos enriquece. Então, fica a questão: pra quê falar de conceitos se sabemos exatamente seus efeitos?

É com a ideia de tentar passar o que a música causa em mim, que me inscrevi para a Blogagem Coletiva da vez, Solta o Som, proposta pela Wanessa (Fio de Ariadne), que rola no dia 21 deste mês. Nela, vou tentar responder qual trilha sonora da minha vida! Convite logo abaixo.


"Dia 21 de junho é Dia da Música, até lá, se te agradar, deixe seu nome e url do blog na lista abaixo e prepare um post respondendo à pergunta do blog da maneira que desejar. Vale contar uma ou várias histórias das canções que fazem parte de sua trilha sonora, colocá-las para tocar no blog, o que quiser. A trilha sonora é sua."

Para participar, inscreva seu nome e url do blog clicando aqui. E passa por aqui no dia marcado, para conhecer a trilha sonora da minha vida.
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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Selos, memes e uma corrente de Santo Antônio

Aproveito o feriado para publicar uns selinhos e mimos que recebi nos últimos tempos. Admito que alguns já são um tanto antigos e por pura canalhice de minha parte, não os tinha ainda publicado. Estou aqui me redimindo!

Este foi recebido da Laura (Coisas Frágeis). Acompanha a mensagem abaixo:

"ofereça sempre flores, mãos que tocam flores...estão sempre perfumadas."

Quem me ofereceu este outro selo foi a fofa da Bia (Eu Não consigo odiar ninguém).

Com ele, preciso:

1) Falar de sete coisas que me fazem sorrir
- acordar todo dia;
- encontrar sorrisos pela rua;
- às vezes, encontros inesperados (somente os bons);
- cantadas idiotas (tipo, você só tem um defeito: não é minha - hahahahaha)
- sol;
- chuva;
- mar.

2) Indicar "sete" blogs que me fazem sorrir:
- *Las tiritas del D.Ramírez*
- Confissões de uma Crisenta
- Doida e Santa
- Gabriela cravo e canela
- ENCANTAVENTOS
- Crônicas de uma menina feliz
- Blueberry lover :
- A Madrasta Má

Mas entre essa enxurrada de selos (os outros publico logo), o que achei mais significativo para esta data foi o selo de Santo Antônio. Na verdade, o selo é uma corrente que NÃO PODE SER QUEBRADA, hehehe =) . Numa das versões da corrente, o selo deve ser usado por quem já tem um amor e o mesmo selo deve ser usado de MANEIRA DIFERENTE para quem está na procura de um love. A corrente funciona assim:

1) Diga quem lhe indicou a corrente: Blog Coisas Frágeis
2) Publique na lateral do seu blog, a foto correspondente a: já publiquei!

*- Se você for um(a) blogueiro(a) solteiro(a) e cheio(a) de amor pra dar e está a procura de um amor, use esta imagem e em seguida a oração.

"Meu grande amigo Santo Antônio, tu que és o protetor dos namorados, olha para mim, para a minha vida, para os meus anseios.Defende-me dos perigos, afasta de mim os fracassos, as desilusões, os desencantos. Fazei que eu seja realista, confiante, digna(o) e alegre.Que eu encontre um namorado(a) que me agrade, seja trabalhador(a), virtuoso(a) e responsável. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois com as disposições de quem recebeu de Deus uma vocação sagrada e um dever social. Que meu namoro seja feliz e meu amor sem medidas. Que todos os namorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de crescimento na fé."

* Se você for um(a) blogueiro(a) que já encontrou o amor, use esta imagem e em seguida a oração.

"Grande amigo Santo Antônio, tu que és o protetor dos namorados, olha para mim, para a minha vida, para os meus anseios. Defende-me dos perigos, afasta de mim os fracassos, as desilusões, os desencantos. Faze que eu seja realista, confiante, digno(a) e alegre. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois com a vocação sagrada para formar uma família. Que meu namoro seja feliz e meu amor sem medidas. Que todos os namorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé."

Agora é só passar a corrente aos amigos.

- *Las tiritas del D.Ramírez*
- Confissões de uma Crisenta
- Doida e Santa
- Gabriela cravo e canela
- ENCANTAVENTOS
- Crônicas de uma menina feliz
- Blueberry lover :
- A Madrasta Má
- Doce Lado da Vida
- Eu não consigo odiar ninguém
- Esterança
- last but not least
- Contos da Madrugada

A partir daqui, é só contar com Santo Antônio, minha gente!
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domingo, 7 de junho de 2009

No Paraíso das Águas

Agradeço imensamente aos companheiros blogueiros que deixaram suas mensagens de apoio por aqui. Consegui levantar a cabeça e abrir vários sorrisos com todo esse carinho. Também recebi um presente dos céus, nesse momento chato da vida: precisei fazer uma viagem de trabalho, mas a grande notícia foi saber o destino, Bonito, no Mato Grosso do Sul, simplesmente inacreditável!

Além de ter estabelecido bons contatos profissionais, conheci pessoas fantásticas e o melhor: consegui aproveitar um dos melhores destinos de ecoturismo do Brasil! O lugar parece mágico e, por vezes, improvável, de tantas belezas que se apresentam ao mesmo tempo.

Entre tantos passeios voltados para o ecoturismo, conheci dois locais maravilhosos: a Gruta do Lago Azul, uma "descida ao céu" que impressiona pela profundidade da caverna e pelo azul do lago que se encontra ao fim do passeio; e a Baía Bonita, um passeio em que nadamos com os peixes comuns da região e conhecemos uma trilha de animais.

Mas percebam: tudo que falo aqui não traduz a magia do lugar. Talvez algumas fotos possam dar ideia do que seja estar em Bonito, mas mesmo as câmeras não conseguem captar tudo o que vemos e sentimos estando por lá.

Aquário Natural de Baía Bonita


A Gruta do Lago Azul


Depois de tudo isso, posso afirmar com propriedade: xô, depressão! A vida é muito mais que isso!
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