domingo, 24 de maio de 2009

Nem tão bem

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Desculpem o sumiço, pessoal, mas ando passando por uma discreta depressão. Espero melhorar antes que fique pior de vez.
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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Dez anos numa ilha deserta

Da série Tertúlia Virtual



Já que vou passar 10 anos numa ilha deserta - e só posso levar 5 coisas - que seja uma aventura com alguma diversão, já que o conforto é zero! Vamos lá:


Para os dias parecerem menos monótonos.



Para tocar o violão - já que eu não sei! E para me fazer rir.





Para não dormir ao relento.

É uma coleção! Não são três! A coleção completa!




Um estoque de vinho inteiro! Um só desses não duraria uma semana!

Esta postagem faz parte da Tertúlia Virtual, promovida por Jorge Pinheiro, do Expresso da Linha e Eduardo P.L., do Varal de Idéias.

terça-feira, 12 de maio de 2009

BioAgradável: viaje nessa ideia

Cheguei tão cansada hoje em casa, mas, apesar disso, carregando aquela sensação de dever cumprido, trabalho feito, dia produtivo.

No entanto, muuuuito cansada, sem ânimo para muitas coisas.

Eis, que venho buscar algum refúgio na blogosfera e encontro um presente lindo da Laura, do Coisas Frágeis. E eu não poderia deixar de cumprir à risca as instruções do presente: ela criou um selo que dá asas à ideia de ser bioAgradável. A palavra sugere, mas é melhor mesmo ler o texto "explicativo" que acompanha o selo. Segue abaixo.
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Seja bioAgrádavel

"Há pessoas bioagradáveis, de presença e prosa facilmente digeríveis pelos microorganismos que decodificam nossa emoção e nossa empatia. Há pessoas agradáveis que alegram o mundo com o som de seu coração, a sonoridade de seu riso e o brilho de seus olhos. Não sabendo o que lhes acontecerá no momento. Na arte de viver, há de se ter sabedoria suficiente para aceitar todas as ambigüidades e contradições, convivendo com a alegria e a tristeza, a grandeza e a mesquinharia.
Encarar a realidade é fundamental, mas desfrutar da companhia de pessoas bioagradáveis é essencial. Só assim nos tornaremos uma delas. Trazem na alma a leveza capaz de operar a magia da vida; estão preparadas para mudanças e sua sabedoria lhes dá flexibilidade. São pessoas que vão até a raiz dos problemas e acontecimentos, aprendendo com eles; enxergam além do discurso ou do fato; a superficialidade não faz parte de seu DNA. Sabem que há coisas essenciais e fundamentais e outras fundamentais, mas não essenciais.
São pessoas iluminadas que mantém seu alto-astral, apesar dos problemas cotidianos. Espalham uma “bondade que não se sente, tão natural é a sua compaixão”. Praticam o melhor exercício, de uma força terapêutica incrível: conjugam a qualquer hora e tempo o verbo AMAR. São capazes de transmutar energias negativas em possibilidades de amizade, perdão, paciência, suavidade, afetividade, amorosidade que, em principio, podem parecer prerrogativas femininas. Não estou falando de homem ou mulher; falo do gênero humano.Falo do equilíbrio necessário à convivência pacifica e harmônica entre todos.A única e verdadeira chance da humanidade ser próspera e feliz reside em reciclar-se, rapidamente, zerando esse ciclo vicioso em que vivemos, reorganizando-se em uma sociedade justa e solidária, capaz de compaixão, capaz de amar-se e amar o próximo como a si mesmo.
Ser bioagradável é o único passaporte que nos levará ao nosso destino: a felicidade. "

[Autor desconhecido]

Apoio essa ideia! E passo o selo para o seguidores desse blog, que participam da corrente do bem! São todos bioAgradáveis!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Lei de Murphy: o retorno

Hoje tive um dia de trabalho totalmente cheio e um pouco desastroso: tinha que fazer um monte de coisas no escritório, mas apareceu um compromisso externo totalmente inadiável - o presidente Lula "visitou" São Luís por conta de compromissos políticos relacionados às enchentes que castigam o nordeste - inclusive o Maranhão - e eu tive que ir para lá, acompanhar meu chefe e fazer uma "pequena" matéria sobre o acontecimento.

Eu precisava voltar para o escritório, meu tempo era escasso, mas imaginei que nada sairia errado: se o presidente chegasse às 14h15, como estava previsto, daria para voltar antes das 16h, fazer tudo o que estava faltando no trabalho, redigiria a matéria e ainda daria tempo de dar uns beijos no bofe! Hahahahaha... Ledo engano. Esqueci que a Lei de Murphy existe e que ela não deixa de aparecer nos piores momentos da vida: passei nada menos que cinco horas no aeroporto! Esperando o presidente! Todos os meus planos foram por água abaixo, inclusive os beijos que eu estava louca para dar no boy! Enfim.

Em homenagem a todos esses "maravilhosos" acontecimentos, vou republicar um texto que escrevi uns tempos atrás aqui neste blog. Para eu não esquecer que a Lei de Murphy existe!

Porque a Lei de Murphy existe: dez filmes que comprovam a teoria


1 - Adeus, Lênin! de Wolfgang Becker (2003) – A mãe de Alex, ferrenha defensora do comunismo da ex-Alemanha Oriental acorda de um coma de 15 anos no momento em que as duas Alemanhas se unificam. É dada a largada para uma corrida do filho contra os fatos, na tentativa de deixar o mundo exatamente como sua mãe gostava antes da longa dormida. Cenas engraçadas e até melancólicas compõem essa luta, mas Alex não pode fazer nada quando leva a mãe para passear no parque e estão levando embora a estátua de Lênin rebocada num helicóptero bem ali, na cara dos dois! Sem remédio... Adeus, Lênin.


Lênin indo embora


2 - 21 gramas, de Alejandro Gonzalez-Iñarritu (2003) – Um acidente de carro altera a tênue felicidade de três famílias. O atropelador sente muita culpa; a ex-drogada, mãe da família morta, fica arrasada e disposta a voltar ao consolo químico; e um professor de matemática recebe um coração novo no lugar do seu defeituoso. Antes disso, diante da morte iminente do marido, Mary, numa inacreditável tentativa de provar o amor que sente pelo professor de matemática, decide engravidar através de inseminação artificial. Mas apareceu um coração novo e o amor antigo morre. Mary fica a ver navios. Cruel.


3 - Jackie Brown, de Quentin Tarantino (1997) – A comissária de bordo de uma companhia aérea obscura transporta dinheiro ilegal para o traficante de armas Ordell, que já está na mira dos federais. Quando Jackie é presa e obrigada a colaborar com a polícia, entra em cena Max, o agente de condicional que precisa ficar de olho nela 24 horas por dia. Mas Max se apaixona perdidamente por Jackie... Porque o amor pode ser doloroso. E até doloso!


4 - Fale com ela, de Pedro Almodóvar (2002) – Depois de sermos apresentados aos dramas pessoais de Benigno, Alícia, Marcos e Lydia, numa rotina de hospitais, cuidados e mulheres sem palavras, conhecemos situações ocultas que culminaram na circunstância atual: o amor de Benigno por Alícia, primeiro numa aula de balé através da janela de seu apartamento, depois na rotina hospitalar. Mas antes disso, no dia em que Benigno decide abrir seu sentimento para Alícia, ela sofre o acidente que a deixa em coma – e para sempre ignorante do amor do enfermeiro por ela. Porque a lei de Murphy existe.


5 - O Lenhador, de Nicole Kassell (2004) – Walter é um homem de meia-idade que passou 12 anos na cadeia cumprindo pena por pedofilia. Quando é libertado, através de uma condicional por bom comportamento, naturalmente é rejeitado pela vizinhança e até por sua família. Mas a tensão maior começa ao perceber que o apartamento onde vai passar seus dias fica em frente a uma escola elementar cheia de menininhas pré-púberes, o fraco do pedófilo em questão. Porque as coisas sempre podem ser piores do que se espera.


6 - E sua mãe também, de Alfonso Cuarón (2001) – Julio e Tenoch são dois típicos adolescentes que só pensam em sexo e aventura. A chance de unir essa perfeita combinação surge quando Luisa, a prima trintona de Tenoch recém-separada e que acabou de chegar da Espanha, propõe uma viagem a três, na busca da perdida praia Boca del Cielo. No caminho, paisagens deslumbrantes, menos sexo do que eles imaginaram e mais paixão do que previram. Num acerto de contas final, quando os dois se percebem apaixonados e rivais no amor pela balzaquiana que enfrenta um câncer terminal, os podres sexuais vêm à tona e cada um se vangloria por ter “passado o rodo” na namorada do outro. Diante da passividade de Julio, Tenoch, na última tentativa de atingir o amigo revela teatralmente: “Y tu mamá también!”. Não confie nem no seu melhor amigo...


7 - Garotos Incríveis, de Curtis Hanson (2000) – o filme, baseado no imperdível livro homônimo de Michael Chabon, é uma sucessão intermitente de fatos que comprovam e atestam que a Lei de Murphy existe. Em um único final de semana – em que ele, inclusive, precisa dar uma palestra sobre literatura – o professor e escritor Graddy Tripp é abandonado pela esposa, descobre que sua amante (esposa do seu chefe) espera um filho seu, precisa entregar os originais de um novo livro para seu editor (mas está inacabado), além de conseguir matar o cachorro do chefe e tentar equilibrar a cabeça desequilibrada de seu melhor aluno. E do livro inacabado sobram apenas algumas folhas, depois de perder mais da metade numa ventania inesperada. Fantástico, fantástico.


8 - A professora de Piano, de Michael Haneke (2001) – o jovem aluno da professora de piano do título se vê perdidamente apaixonado pela mestra e toma a decisão de não medir conseqüências para conquistá-la (como todo jovem faria). A professora, muito austera e dona de uma personalidade insensível (até pela criação que a mãe ditadora deu a ela), recusa terminantemente as investidas do aprendiz. Mas ele não desiste. E quando finalmente ele consegue quebrar o coração de gelo da pianista, percebe que ela é tão durona, contida (e até maluca), que esse romance vai deixá-lo muito, muito desapontado. O amor, esse ser insensível.


9 - Os infiltrados, de Martin Scorcese (2006) – Sullivan é um afilhado da máfia infiltrado na polícia. Billy é um ex-policial infiltrado na máfia. Os destinos dos dois personagens se opõem milimetricamente (até na mulher que dividem na cama), numa guerra de nervos e cuidados para identificar quem é “bom” e quem é “mau” – dependendo do lado em que está infiltrado. Num acerto de contas inesperado em que algumas verdades são reveladas, o mocinho leva um balaço na cabeça. Pungente.


10 - Pecados Íntimos, de Todd Field (2006) – Sarah é uma jovem dona de casa inteligente demais para a vida típica dos subúrbios americanos. Brad é o belo pai que troca de função com a esposa (ela é quem sustenta a casa) e vive na mesma frustração de Sarah. Quando os passeios no parquinho com os filhos viram desculpa para os encontros sexuais dos dois, eles passam a vislumbrar uma saída para essa vida enfadonha e planejam uma fuga. No dia da tal fuga, Brad sofre um acidente e Sarah fica sem entender porque o amante não apareceu. Porque se houver uma chance das coisas darem errado, elas darão errado.


Sarah, Brad e as crianças

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A Lei de Murphy – criada pelo engenheiro aeronáutico americano Edward Murphy, ele foi a primeira vítima conhecida de sua teoria. Ele era um dos engenheiros envolvidos nos testes sobre os efeitos da desaceleração rápida em piloto de aeronaves. Para fazer tal medição, construiu um equipamento que registrava os batimentos cardíacos e a respiração dos pilotos, isso por volta de 1949. O aparelho foi instalado por um técnico, mas simplesmente ocorreu uma pane; com isso Murphy foi chamado para consertar o equipamento e descobriu que o técnico instalou tudo errado. Daí formulou a sua lei que dizia: “Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará”. Eu gosto mais da versão posterior, um pouco mais trabalhada, - e definitiva - que diz: “Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais: dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”.