A primeira vez que pisei numa biblioteca, contava lá pelas minhas sete primaveras. Levada pela minha querida Tia Luísa, que gostava de fazer passeios culturais - foi ela também quem me levou pela primeira vez no Museu Histórico e Artístico do Maranhão e no Museu de Arte Sacra de São Luís.
Mas a visita na biblioteca me transformou. Logo quis virar sócia, logo quis pegar livros emprestados, logo virei rato da biblioteca. Foi lá que tive meu primeiro caso de amor com um livro, Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Trezentas e quarenta e oito páginas de uma edição antiga e sem figuras - um petardo!
Depois disso não parei mais. Tinha que passar na biblioteca duas vezes por semana, para trocar os empréstimos, cada vez querendo ler mais. Quando passei a estudar numa escola que era quase ao lado da biblioteca do SESC-Deodoro, nossa! Me enfiava entre as estantes, entre os corredores estreitos e me sentia, literalmente, em casa: sentava no chão, espalhava os livros, me perdia entre tantas palavras, entre tanto mundos que cada livro representa, lia os mais fininhos e pegava emprestado os maiores. Fazia isso todo dia! Quando deixava de aparecer por lá, com minha amiga Gardênia, as bibliotecárias já estranhavam.
E hoje em dia, quando entro em qualquer biblioteca, sinto o mesmo comichão que senti aos sete anos de idade. Vontade de ler todos os livros! Um amigo que guarda uma biblioteca em casa sempre sabe onde me enfiei quando minha voz subitamente some: entre tantos livros, fico sem palavras, tentando catar a magia e a poesia que só os livros guardam em si.
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*Esta postagem faz parte da Tertúlia Virtual , criada por Jorge Pinheiro (Expresso da Linha) e Eduardo P.L. (Varal de Idéias), acontecendo todo dia 15 de cada mês. Todos os participante da Tertúlia você lê aqui, na CENTRAL DE RELACIONAMENTO.
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Mas a visita na biblioteca me transformou. Logo quis virar sócia, logo quis pegar livros emprestados, logo virei rato da biblioteca. Foi lá que tive meu primeiro caso de amor com um livro, Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Trezentas e quarenta e oito páginas de uma edição antiga e sem figuras - um petardo!
Depois disso não parei mais. Tinha que passar na biblioteca duas vezes por semana, para trocar os empréstimos, cada vez querendo ler mais. Quando passei a estudar numa escola que era quase ao lado da biblioteca do SESC-Deodoro, nossa! Me enfiava entre as estantes, entre os corredores estreitos e me sentia, literalmente, em casa: sentava no chão, espalhava os livros, me perdia entre tantas palavras, entre tanto mundos que cada livro representa, lia os mais fininhos e pegava emprestado os maiores. Fazia isso todo dia! Quando deixava de aparecer por lá, com minha amiga Gardênia, as bibliotecárias já estranhavam.
E hoje em dia, quando entro em qualquer biblioteca, sinto o mesmo comichão que senti aos sete anos de idade. Vontade de ler todos os livros! Um amigo que guarda uma biblioteca em casa sempre sabe onde me enfiei quando minha voz subitamente some: entre tantos livros, fico sem palavras, tentando catar a magia e a poesia que só os livros guardam em si.
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*Esta postagem faz parte da Tertúlia Virtual , criada por Jorge Pinheiro (Expresso da Linha) e Eduardo P.L. (Varal de Idéias), acontecendo todo dia 15 de cada mês. Todos os participante da Tertúlia você lê aqui, na CENTRAL DE RELACIONAMENTO.
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36 comentários:
Gisele,
que legal. Muito bom se sentir em casa com um bom livro!
Obrigado por estar participando desta tertúlia!
Bjs
Gisele, que legal a sua escolha. Parabéns!
Eu também adoro livros, desde antes de aprender a ler, disse minha mãe. Ia sempre na biblioteca do meu colégio, no recreio e quendo tinha hora vaga. E eu nem me lembrava disso, lembrei-me lendo seu texto!
Obrigada pela visita!
Quanto ao momento Dorothy, dê-se tempo, eu não sei quantos anos vc tem, mas me parece jovem, eu demorei e fiz muita viagem para fora e para dentro até descobrir. A estrada de tijolos amarelos às vezes é compriiiiiida...
Bjão!
Bjs!
Gosto de ler também.
A casa da gente é o melhor lugar.
Gisele!
Amei o teu post!
Que lugar maravilhoso escolhestes,
simplismente o mundo!
Um beijo. lili
Biblioteca é um cantinho muito especial.
Te leva para grandes viagens.
Gostei de ver meu selinho nesta casa.
Passe no blog coletivo e participe da tertulia, com um bom chocolate quente. Pois aqui está muito frio.
Te espero.
Sandra
Quem sabe a partir de hoje, vc passa a fazer parte dessa corrente de migos. venha me seguir.
Esta feito o convite.Os meus blogs agradecem a visita.
com carinho
sandra
Já link vc. em curiosa. Quero fazer isso em todos os meus blogs.
Sandra
Gisele,
Adorei sua casa! Pois também é um dos meus lugares preferidos, afinal, bibliotecária que se preze e que também leu Reinações, não pode abandonar nunca essa casa maravilhosa.
Lendo seu post, me vi literalmente nesse mundo também, novamente!
Beijos Tempestuosos!
Muito legal você se sentir em casa numa biblioteca, não tinha parado para pensar nisso, mas realmente a paz é reinante e as linhas adormecidas em estantes e mais estantes nos faz sentir bem.
PArabéns pela lembrança
Muito bom, parabéns pela abordagem... pq agora com a net, as bibliotecas estão ficando desvalorizadas! bjinhos da Madrasta!
gostei :)
fugiu daquela idéia do que nos faz sentir em casa é a nossa própria casa.
um beijo
Olá
Que lugar fantástico, eu também me sinto em casa numa biblioteca...é muito bom.
bjs
Oi, Gisele...
Livros são uma casa e tanto!
Òtima escolha! Belo post!
Bjão.
Gisele, muito bonita a sua história. Mais bonito ainda é você se lembrar de como tudo começou naquela biblioteca tão bonita. Li Monteiro Lobato quando criança/adolescente, incluindo o livro que citou.
Um grande abraço.
O livro é uma casa que muda sempre de lugar...é muito bom viajar em suas páginas!
Ótimo texto o teu...parabéns!
Me fez lembrar da biblioteca da escola. Eu entrava devagarinho porque as tábuas do assoalho rangiam e não queria incomodar a leitura como o barulho. Nooosa, lembrei até do cheiro da cera de abelha! (rs*) Um lugar aconchegante!! Beijus
Mergulhos em Livros...
Sabor em Palavras...
Belo post!
Grande beijo e parabéns pela belíssima participação na Tertúlia deste mês!
Orgulho de Ser
Que bom!temos algo em comum, tb amo livros.
Bjs Laura
eu também adooooro bibliotecas!! É outro lugar no qual me sinto totalmente me casa!! Adorei a escolha! bjos
Passei o teu blog a pente fino..Excelenet! desde a coerência narrativa, ao humor e aos filmes...o leitor pedr-se...neste espaço...
Ler é sentirmo-nos em casa...sempre!
Gisele
Então podes vir até minha casa...
Não é uma biblioteca mas tens milhares de livros à tua disposição.
Quando a tua voz sumir tenho que procurar em que dependência estarás.
Os livros são os nossos maiores amigos, aqueles com quem, por vezes, conversamos em silêncio...
Um beijo.
E o cheiro daquelas prateleiras cheias de livros velhos ?
Dá para recordar?
Nunca se esquece.
Gostei muito.
Os livros são também a minha casa. E no WC não há como um bom livro. Estou a brincar. Gostei do seu post e tenho de conhecer S. Luís, ainda por cima tem arquitectura pombalina. Beijos.
Belíssima escolha. Tb gosto muito de livros.
Adorei seu blog. Passo agora a seguir vc.
Agradeço a visita.
Tenha um lindo dia!
Sabe que a maior felicidade prá mim foi qdo aprendi a ler. Eu lia toda hora, lia tudo que aparecia pela frente, acordava de madrugada para ler. Hoje, sem mais o mesmo tempo, pois precisamos trabalhar, já não me sobra tanto tempo, mas estou sempre procurando algo para ler.
Linda tua postagem.
Bjs e obrigada pela visita.
Olá Gisele, vim retribuir a visita! Também adoro bibliotecas, me sinto muito em casa nelas! =) beijos!
Um otimo lugar para se sentir em casa..
Beijos
Me identifico inteiramente com seu texto, Gisele. Um bom livro faz a gente se sentir "em casa". Beijo pra você.
Muito legal e bibliotecas ou rodeadas de livros, nos sentimos bem e em paz, com certeza!beijos,tudo de bom,chica
Olá amiga. Sua paixão pelos livros quase parece virou romance... Bom gosto e cultura de mãos dadas, são duas coisas que admiro. Também gosto muito de ler, agora tenho menos disponibilidade para os livros, mas continuo a ler bastante. A cultura não é coisa que termine, quanto mais sabemos, mais desejamos conhecer. Foi um prazer a sua visita. Se conseguir um pouquinho de tempo, ainda havemos falar de música. Estou bastante assoberbado com trabalho, veremos. Até breve amiga, tudo de bom para si.
OI Giseli,
Vim aqui retribuir tua visita e agradecer teu comentário gentil.
Bibliotecas... tenho também ótimas recordações de momentos que passei nelas.
Abraços
Que lugar fantástico para se sentir em casa, Giselle!!!
E, mais uma vez, um texto que prende do príncipio ao fim. Parabéns!
Também, sempre gostei imenso de ler (ainda por cima sou de uma geração em que não havia computadores, consolas, telemóveis, a tv só tinha um canal e a preto e branco...eu sou de 58, rssssss)e, no meu tempo, já na 1ª classe (com 6/7 anos) tínhamos que ler correctamente para passar de classe.
Por isso, sempre incentivei os meus filhos a lerem.
Parabéns também por esse seu gosto.
Beijo.
PS: Obrigada pelo selo q vou já levar comigo (estou a guardá-los no pc enquanto não crio um espaço para os postar todos).
Gisele,
Quando criança eu gostava de me refugiar nos livros e pra isso, contava com a cumplicidade do dono da melhor livraria da minha cidade. Ele me dava permisão para levar da estante da sua casa os livros que eu quisesse. Lendo você, hoje, lembrei desse fato e agradeci em pensamento ao Sr.Pedrosa. Pessoas como ele e sua tia são raros nos tempos atuais. Obrigada por me proporcionar tão boas lembranças e pela gentil visita. Gostei muito do seu texto.Ele dá uma ideia sobre você...
Quis dizer:permissão...Desculpe-me.
desculpe a demora, estava impossibilitada por causa de uma cirurgia que tive que fazer. mas já estou bem e estarei retornando aos poucos...
adorei sua participação em mais esta intrigante tertulia.
bjocas
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